terça-feira, 8 de novembro de 2011

Você não vai

Tem um tempo que nenhuma frase completa sai de mim, porque ao sairem trariam água pros olhos e eu estou tentando afastar isso de mim. Ao menos isso, eu tento. Ontem a noite: ontem eu cheguei mais cedo em casa porque a prova que fiz foi a menos ruim que tenho feito, então voltei e descobri aqui que até as pessoas mais próximas, das quais eu não esperava nada disso, estão mentindo e por todas as coisas materias. Então eu sentei na sala, do lado dela e assisti aquele filme 'P.S. Eu te amo', logo no inicio dava pra saber que não era o tipo de filme que eu estaria preparada para assistir. Algumas lágrimas vieram, eu as mandei embora. Elas foram e voltaram. O que aconteceu foi que acabei numa discussão por bobagem, por dinheiro com a mulher da sala e acabei por vir até aqui, no quarto, onde metade das coisas lembram ele. Isso tudo me lembra que eu tive alguém aqui, que me curava de todos os problemas sem sequer notar. E me lembra o quanto estou em dúvida sobre a real existência desse alguém. E também me lembra que umas duas noites eu tive pesadelos  com a parte dele que eu mais temia, que mais arranhava minhas costas e continua fazendo o mesmo. Sabe, ninguém chega perto dele, nem de me passar toda a paz que eu não sabia mesmo de onde vinha, a vida sem isso é vazia, vazia não da pra gostar. E as invenções que eu fiz, todas para guardar felicidade, elas estão matando, porque lembro de todos os lugares, filmes ou músicas e lá está ele. Digo também que não posso ouvir Cícero porque não estou preparada, que quando ouvi o Pethit o aperto foi dos bons e não ouvirei isso, eu não tenho sido masoquista. Ele não tem sido bom. Talvez nunca tenha sido, eu idealizei o que queria? Até mesmo com defeitos que levaram-no pra longe? Porque eu idealizaria isso? Será que eu não consegui idealizar alguém que pudesse e além disso... que quisesse. 

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